A Quinta da Atela foi criada em 1346, propriedade dos Condes de Ourém, chegou mesmo a pertencer ao genro de D. Nuno Álvares Pereira, uma figura emblemática pelo seu papel enquanto Conde de Arraiolos e Barcelos, mais tarde foi doada ao Convento da Graça de Santarém dos Agostinhos Calçados, denominada na altura como Quinta da Goucha, da qual vieram a fazer parte algumas das figuras mais ilustres da história portuguesa.
Após o 25 de abril, a Quinta da Atela permaneceu cerca de 10 anos ocupada. No entanto, o Ministro da Agricultura da altura, restituiu os donos encontrando a propriedade com condições extremamente debilitadas. Desta forma, o espaço foi alvo de uma restituição, construindo-se uma nova adega e reconstruindo-se todos os locais de armazenagem, como era o caso das adegas com mais de um século. Iniciando-se assim um novo capítulo para a Quinta da Atela no final dos anos 90.
Em 2017 foi adquirida pelos seus atuais proprietários, D. Anabela Tereso e seu marido, Sr. Fernando Vicente, administradores do VALGRUPO, com uma identidade totalmente renovada, sendo recuperado o palacete e reformulada toda a gama de vinhos.
Situada na margem sul do Tejo, concelho de Alpiarça, a Quinta da Atela é composta por 580 hectares, dos quais 150 hectares são de vinha com algumas das seguintes castas: Chardonay, Fernão Pires, Sauvignon Blanc, Gewurztraminer, Arinto, Pinot Noir, Trincadeira Preta, Alicante Bouschet, Caladoc, Aragonez, Syrah, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Castelão. O cultivo das vinhas, incluindo a vindima, é feito por colaboradores experientes com recurso à mais recente tecnologia, uma enologia simples e sustentável de forma a obter vinhos equilibrados e elegantes, respeitando sempre o meio ambiente.
Com mais de 74 anos, a quinta detém ainda a parcela de nome Carvalhita, uma vinha “sui-generis”, que surge do cruzamento entre o Castelão Francês (denominação utilizada na altura) e Trincadeira Preta. Com inúmeros prémios e louvores, os vinhos obtidos desta parcela evidenciam o melhor de ambas as castas.
Com um terroir perfeito, na Quinta da Atela são produzidos vinhos inconfundíveis e elegantes, sejam para vinhos do ano, ou para envelhecimento, fruto da importância que aqui se dá à necessidade de interpretar solos, climas e castas, o equilíbrio perfeito para vinhos inesquecíveis.
A Quinta da Atela, para além de uma excecional gama de vinhos é detentora de um dos mais belos complexos de enoturismo da região, oferecendo ao público que a visita experiências únicas que aliam a cultura do vinho ao turismo de habitação e eventos. O reconhecimento desse esforço e dedicação culminou na atribuição do galardão de melhor Enoturismo do Tejo, em 2022, à Quinta da Atela.

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