Foi à procura do El Dorado que o minhoto Amadeu Abílio Lopes rumou ao Brasil nos meados do século XX.
Homem de rija têmpera e espírito empreendedor, cresceu como empresário e tornou-se um industrial de referência, mas nunca esqueceu Melgaço.
Abastado, mas sem jamais esquecer o chão que o viu nascer, voltou anos depois à sua terra-natal para prosseguir a sua actividade mas, nessa nova fase, com o objectivo de contribuir para o progresso dos seus. Lançou então as raízes de uma ideia e de uma iniciativa que acabou por ganhar forma na empresa Quintas de Melgaço.
Hoje, este sonho materializado agrega todos os interesses da região, na pessoa dos seus produtores – gente da terra, gente envolvida, com raízes. Um motor de desenvolvimento num canto do Minho que meio mundo já conhece.
Fruto do seu empenho, Amadeu Abílio Lopes acabou, assim, por ajudar de forma decisiva a revelar um segredo bem guardado e pela sua acção desvendado com a inscrição da terra no mapa dos mais conceituados produtores de vinho Alvarinho.
Na bacia do Rio Minho, na região mais setentrional do País, nasceu, desta forma um dos néctares mais especiais. O Alvarinho é um vinho sui generis – são o clima e o solo que o ditam. Brotando de uma casta de cor branca, cacho pequeno e baga miúda, é também nas histórias que o entornam que evoluiu e se assinalou e assumiu como diferença.
Precioso e preciosamente cuidado pelos mais de quinhentos pequenos produtores de Melgaço, accionistas da empresa Quintas de Melgaço, protagonistas e promotores da região e do seu crescimento, é o Alvarinho de Melgaço fiel depositário de um saber histórico que passa de mão em mão, de casta em casta, de geração em geração.